Com a conclusão do voto do desembargador
João Pedro Gebran Neto no recurso apresentado pelo ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, o julgamento na
segunda instância deverá ocorrer possivelmente ainda no primeiro semestre de
2018, ou seja, antes da campanha presidencial. As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.
O processo é sobre o tríplex do Guarujá.
Lula já foi condenado pelo juiz Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava
Jato em primeira instância em Curitiba, a 9 anos e seis meses por corrupção e
lavagem de dinheiro.
Caso a condenação seja confirmada pelo
TRF-4, Lula pode ficar inelegível com base na Lei da Ficha Limpa. O petista
lidera as pesquisas de intenção de voto, seguido pelo deputado Jair Bolsonaro.
Em 2016, o STF autorizou o início da
execução da pena após condenação em segunda instância. O entendimento, porém,
ainda poderá ser revisado pelo plenário da Corte.
Gebran, que é o relator da apelação, levou
cem dias para concluir o seu parecer – um período menor do que a média dos seus
votos na Lava Jato, de 275,9 dias.
O seu parecer foi encaminhado na última
sexta-feira para análise do desembargador Leandro Paulsen, revisor do processo.
Como presidente da 8.ª Turma do TRF-4, cabe a Paulsen pautar a data do
julgamento. Só então o voto de Gebran será conhecido.
A defesa do ex-presidente informou ao
Estadão que vai solicitar que o TRF-4 informe o motivo pelo qual o recurso de
Lula “está tramitando nessa velocidade, fora do prazo médio observado em outros
casos”. “Vamos pedir ao tribunal informações sobre a ordem cronológica dos
recursos em tramitação”, afirmou em nota.
Fátima Meira/Futura Press - Yahoo Notícias
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