quarta-feira, 3 de maio de 2017

BRUNO DE ALBUQUERQUE GONZAGA: FILHO DE CASAL OROBOENSE É DESTAQUE COMO ÁRBITRO DE BASKETBALL

Bruno de Albuquerque Gonzaga, filho do casal oroboense; Isaias Pereira Farias e Marta Maria de Albuquerque Gonzaga Pereira, Iniciou a vida na arbitragem aos 16 anos em (1999)
Em 2007 apitou o seu 1º brasileiro de base
Em 2009 passou para categoria nacional e a prova aconteceu em Fortaleza/CE  
Em 2014 passou para categoria Internacional e a prova aconteceu no Panamá
Em 2016 apitou o amistoso preparativo para Olimpíadas - Brasil x Cuba - feminino, jogo  realizado em Recife/PE
Na  última sexta-feira apitou a 1ª final  profissional de sua vida, entre UNINASSAU x Corinthians-SP -  3º jogo da série melhor de 5 jogos.
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Árbitro Bruno Gonzaga
Confira a entrevista concedida à Federação Internacional de Basketball (FIBA)

Aos 31 anos e com 15 anos de carreira, o árbitro Bruno de Albuquerque Gonzaga Pereira está pronto para integrar o quadro da equipe de arbitragem da Federação Internacional de Basketball (FIBA). Nascido em Niterói (RJ), mas criado em Maceió (AL), desde os 11 anos de idade, o árbitro foi aprovado na Clínica Internacional de Arbitragem FIBA Américas 2014, realizada no Panamá de 11 a 13 de julho. Agora, ele é o único representante do Nordeste aprovado no teste da entidade. A arbitragem entrou por acaso na vida deste ex-jogador de basquete. De tantos brigar com os árbitros, seu ex-técnico Agílson Alves, o presenteou com um livro de arbitragem para entender melhor as regras. Confira na entrevista um pouco da vida do primeiro árbitro internacional do estado de Alagoas. 

Como você iniciou na arbitragem?

Na verdade comecei jogando basquete antes de ser árbitro. Eu nasci em Niterói (RJ), mas quando tinha 11 anos meu pai, que era funcionário da Varig, foi transferido para Maceió (AL). Lá comecei a praticar basquete na escola e aos 14 anos já participava dos Jogos Estudantis pela equipe do Colégio Anchieta. De tanto reclamar das marcações dos árbitros, meu técnico na época, Agílson Alves, me deu um livro de regras de arbitragem para eu começar a entendê-las e parar de reclamar porque estava prejudicando o time. O Agílson na verdade foi um “paizão“ para mim. Como era técnico de basquete, volta e meia era convidado para apitar jogos em outras escolas. Numa dessas fui junto e nunca mais parei. Aos 16 anos, fiz o meu registro na Federação Alagoana de Basquetebol. Hoje estou com 15 anos de arbitragem. De vez em quando encontro o Agílson, que atualmente é técnico da Seleção Alagoana de base, e relembramos essas histórias. 

Como é fazer parte do quadro da FIBA?

É uma honra e a realização de um sonho. Sempre corri muito atrás para chegar nesse patamar. É difícil trabalhar com esportes olímpicos no Brasil. No Nordeste, então, é muito maior a dificuldade. Sou o primeiro árbitro de basquete internacional do Estado e atualmente o único do Nordeste aprovado. Outros já se aposentaram ou faleceram. É importante porque serei a partir de agora um espelho para os mais jovens. Por mais difícil que seja realizar o seu sonho, todos precisam focar e batalhar por ele. Já havia feito a inscrição para a Clínica de São Paulo (2012) e do Chile (2013), mas não passei. Fui perseverante até conseguir ser aprovado. 

Como foram realizados os exames na Clínica de Arbitragem no Panamá?

Foram duas provas em inglês e espanhol, com 25 questões cada sobre as regras. Depois fiz um teste físico e apitei alguns amistosos para que avaliassem o nível da minha arbitragem. Era muito importante dominar os idiomas, pois no final fiz uma entrevista em espanhol para eles avaliarem o meu perfil. 

Conte um pouco da sua preparação para a Clínica?

Foi muita correria. Sou professor de Educação Física, trabalho em duas escolas particulares, e nos meus intervalos sempre estava estudando e me preparando fisicamente. Também estudava num canal online da CBB e tirava dúvidas com os professores Marcelo Ávila e José Augusto Piovesan, Coordenador Geral e Supervisor de Arbitragem da CBB, respectivamente. 

Quantos árbitros participaram da Clínica?

Foram cinco. Eu era o único brasileiro e tinham mais quatro candidatos do Panamá. 
A sua aprovação pode mudar o rumo da arbitragem no país?
Agora mais do que nunca teremos mais oportunidades e reconhecimento. Só tenho a agradecer a minha família, amigos e a Federação de Alagoas que sempre me apoiou. 

Aos 16 anos você já apitava Jogos Estudantis. Quando começou a comandar partidas nacionais?

Meu primeiro Campeonato Brasileiro de base foi em 2007, em Aracaju. Fiquei ansioso, mas tudo correu bem. Já no Adulto, iniciei na temporada regular 2008/2009 do Novo Basquete Brasil (NBB). Estava com 25 anos. 

Quais os principais torneios que você já trabalhou?
Eu apito desde 2008 os jogos da NBB. Participei também do Mundial Máster, que foi realizado no Rio Grande do Norte, em 2011, dos Jogos Universitários Brasileiros (JUB´s) e dos Jogos Escolares Brasileiros (JEB´S), além de partidas da Liga de Basquete Feminina (LBF). 

Você se inspira ou tem algum árbitro como modelo?

As minhas referências dentro de quadra sempre foram o Renatinho (Carlos Renato dos Santos) e o Piovesan (José Augusto), que já “penduraram” o apito. O Renatinho pela história, já que apitou as finais olímpicas de Sydney 2000 (com ouro dos Estados Unidos sobre a França) e de Atenas 2004 (com a Argentina campeã sobre a Itália), mantendo a tradição dos brasileiros apitando alguns dos jogos mais importantes da história. Agora ele é comentarista de arbitragem do SPORTV. Já o Piovesan, pela forma de conduzir as partidas, muito sério e respeitado por todos. 

Como é o seu dia a dia?

Como já disse, sou formado em Educação Física e Pós-Graduado em Educação Física Escolar. Trabalho em duas escolas particulares de segunda à sexta com parte física e basquete. Nos meus intervalos sempre procuro estudar para me atualizar sobre as regras. Também tenho que me preparar fisicamente, corro de cinco a sete quilômetros por dia.

Qual é o seu maior sonho?

É apitar os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, e uma Copa do Mundo Adulta. 

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