sábado, 14 de janeiro de 2017

PASTORA QUE QUEBROU IMAGENS DE SANTOS PEDE DESCULPA, MAS DIZ NÃO ESTAR ARREPENDIDA

A pastora Zélia Ribeiro pediu que as pessoas parassem de divulgar o vídeo e diz que honrou a palavra de Deus

"Em nome de Jesus eu peço perdão, desculpas pelo vídeo", disse a pastora


Após o vazamento e a repercussão negativa do vídeo nas redes sociais em que uma pastora de uma igreja evangélica de Botucatu, no interior de São Paulo, aparece quebrando a imagem de Nossa Senhora Aparecida e de santos católicos com um martelo, a pastora Zélia Ribeiro pediu desculpas, mas disse que não estava arrependida da ação.

Em entrevista a uma rádio local, a pastora da igreja evangélica Aliança com Deus/Ministério afirmou que se arrependeu pela divulgação e pediu que as pessoas parassem de compartilhar o vídeo. "Em nome de Jesus eu peço perdão, desculpas pelo vídeo. Como eu tenho Deus no meu coração eu peço desculpas e peço que vocês parem. Porque sou seguidora da palavra. Como seguidora da palavra, tenho que honrar a palavra do meu Deus".
Após dizer que atingiu as imagens por ser seguidora da palavra de Deus, ela citou um trecho da bíblia para justificar o ato. "Ele diz no livro que 'não devemos fazer para nós nem imagens de fundição e nem adorá-las'", se defendeu.

O perfil do Facebook da pastora foi excluído nesta quinta-feira (12). Na entrevista, ela afirma que não teve a intenção de viralizar negativamente as imagens. "Em nenhum momento eu pensei em ofender o Brasil, mas você sabe como é a internet. Vocês sabem como é o povo", contou.

O vídeo
As imagens teriam sido feitas na última terça-feira (11), durante um culto da igreja evangélica Aliança com Deus/Ministério Bariri, localizada na Zona Leste de São Paulo. O vídeo mostra a pastora de joelhos, destruindo a imagem de Aparecida e de outros santos. Ela pergunta se estão gravando e pede para os obreiros orarem enquanto atinge as imagens.
O vídeo havia sido postado por adeptos da igreja dirigida pela pastora, mas foi retirado em razão da repercussão. Outras cópias, no entanto, já circulavam pelas redes sociais.

Crime
O Código Penal brasileiro tipifica como crime "vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso", prevendo pena de detenção de um mês a um ano, ou multa.

Do JC Online

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