Recife - O candidato ao governo do Estado Armando Monteiro (PTB)
apresentou, nesta segunda-feira (15), durante sabatina, promovida pela
Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), a sua política para o
setor industrial.
Baseado em quatro eixos principais (infraestrutura, educação, inovação
e tributos), o programa foi bem recebido pela plateia presente ao evento,
chamado de Diálogo da Indústria com os Candidatos ao Governo de Pernambuco.
Apesar do impulso econômico dos últimos anos, o crescimento que
Pernambuco protagonizou não foi suficiente para mudar a vida das pessoas. Para
Armando, a melhora do dia a dia só virá com a continuidade desse ciclo.
“Pernambuco cresceu sim, mas deixou evidentes gargalos que, se não forem
resolvidos, podem atrapalhar”, explicou para um público de cerca de 500
pessoas.
Armando lembrou que a infraestrutura precisa de investimentos, estradas
e adutoras são, na visão do candidato, essenciais para que mais indústrias se
instalem no Estado. Ele citou obras necessárias para que o salto seja dado: as
BRs-232, 423, 101 e 104, a recuperação
da malha viária estadual (“Cerca de 40% das PEs estão em péssimas condições”) e
a Adutora do Agreste. Sem falar no Arco
Metropolitano.
O candidato ressaltou seu compromisso para elevar o nível da educação
básica no Estado. “Os municípios precisam de um suporte técnico-pedagógico
para darmos um salto”, destacou Armando.
A conexão entre o ensino médio e o ensino profissional como forma de capacitar
os jovens foi outro tópico abordado em sua fala.
INOVAÇÃO – Outro tema sobre o qual Armand discorreu foi o da inovação.
Ele afirmou que apenas um terço das empresas pernambucanas investe em inovação.
“E ainda assim, a maioria investe na inovação dos processos e não de produtos,
Precisamos mudar essa compreensão.” Para isso, Armando pretende fortalecer o
Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Invovação. “Os 17 centros
tecnológicos que existem não dialogam com o setor privado. Vamos dotá-los de
estrutura para que possam oferecer serviços às empresas”, detalhou.
Além disso, Armando abordou a criação de um ambiente regulatório e
tributário que atraia mais empreendimentos. Entre os temas, o candidato disse
que é preciso rever o sistema de incentivos fiscais. “Temos que avaliar isso
bem. De que adianta trazer uma empresa se você mata duas?”, questionou, quando
lembrou o prejuízo que empresas já em operação têm na concorrência com novas indústrias.
Depois de expor suas propostas, Armando respondeu a questionamentos
feitos pelos industriais, em perguntas sobre qualificação profissional, guerra
fiscal, energia, micro e pequena empresa e meio ambiente, entre outros temas.
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