terça-feira, 4 de dezembro de 2012

CBF BANCA PLANO DE SAÚDE DE CONSELHEIRO E DE FAMILIARES


 Antônio Carlos Coelho, presidente do Conselho Fiscal da CBF e amigo do ex-presidente Ricardo Teixeira há mais de 30 anos, tem o plano de saúde bancado pelos cofres da entidade.
Coelho é responsável há mais de uma década por aprovar os balanços da CBF. Até agora, nenhuma conta foi rejeitada pelo órgão comandado pelo empresário.
A CBF desembolsa cerca de R$ 3 mil por mês para pagar o plano do conselheiro e de mais quatro familiares.
A entidade não remunera os integrantes do conselho. Seu estatuto regula o funcionamento do órgão, que não pode ter eleitos funcionários da confederação e parentes deles, até o terceiro grau.
Dos três integrantes do Conselho Fiscal, Coelho é o único beneficiado com o pagamento do plano de saúde.
De acordo com o documento o pagamento consta na rubrica "Secretaria Administrativa Presidência". Além do nome do presidente do Conselho Fiscal, outros 11 pessoas têm o benefício pago pela mesma rubrica, mas estes fazem parte do quadro de funcionários.
Coelho foi eleito pela última vez na eleição de 2007. Além dele, José Antônio do Nascimento Brito e José Guilherme Ferreira integram o órgão. O mandato dos três só terminará em abril de 2015.
Neste ano, eles aprovaram o balanço que registrou um lucro de R$ 73 milhões para os cofres da entidade.
A relação do integrante do Conselho Fiscal com o antigo presidente da CBF é longa e já foi investigada em CPI.
Coelho era executivo do grupo Vega, onde a confederação mantinha aplicações. O próprio Teixeira investia no banco nos anos 90. Segundo relatório da CPI CBF/Nike, o ex-presidente da confederação aplicou mais de R$ 600 mil em valores da época.
Na CPI, deputados mostraram que o conselho presidido por Coelho atuava de forma burocrática. O órgão aprovou as contas em diversos anos com o mesmo parecer, sem que fosse "feito qualquer tipo de reparo ou sugestão", segundo o relatório da CPI.
Teixeira renunciou à presidência da confederação em março. Apesar de ter deixado o cargo em meio a denúncias de corrupção no Brasil e no exterior, o cartola mora em Miami e recebe R$ 120 mil por mês da CBF. 
Fonte - SÉRGIO RANGEL
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