sábado, 1 de setembro de 2012

MINISTRO REJEITA RÓTULO DE HERÓI

 
O relator do processo do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim Barbosa, recusou ontem o título de "herói" e disse ser apenas um "barnabé" do processo.
Abordado por convidadas na saída da posse do novo presidente do STJ (Superior Tribunal Justiça), em Brasília, Barbosa disse que é apenas um "barnabé" (um sujeito comum) do processo.
A expressão foi usada quando o ministro, mesmo escoltado por um pelotão de seguranças na saída da posse no STJ, foi abordado por duas mulheres que o chamaram de "nosso herói". Ele reagiu: "Que isso, gente, sou só o barnabé do processo".
Barnabé tem uso pejorativo para designar funcionário público, principalmente o de nível hierárquico baixo.
Barbosa ainda evitou fazer considerações sobre as questões do julgamento. Indagado sobre o andamento do processo, porém, disse que "está tudo indo bem".
Na segunda-feira, ele retoma a leitura de seu voto sobre a parte da denúncia que trata de gestão fraudulenta e envolve quatro réus ligados ao Banco Rural.
A tendência é que ele vote pela condenação da dona do Banco Rural, Kátia Rabello; do ex-vice-presidente da instituição, João Roberto Salgado; do vice-presidente Vinícius Samarane; e da ex-vice-presidente Ayanna Tenório.
O relator afirmou que espera o encerramento do julgamento até o fim do mês.
MAIS AGILIDADE
Também presente à cerimônia, outro julgador do caso, o ministro Marco Aurélio Mello, cobrou mais rapidez na análise do caso. "Espero que agora sejamos mais ágeis nos votos a serem proferidos, e tenhamos um veredicto até o final do mês de setembro."
"A sociedade vem reclamando muito e, evidentemente, quer a entrega da prestação jurisdicional da decisão", afirmou. E alfinetou os colegas: "certas discussões devem ser deixadas de lado".

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