sexta-feira, 23 de março de 2012

URNA ELETRÔNICA

'Hackers' descobrem fragilidade em urna eletrônica das próximas eleições

Em um teste, especialistas em computação e segurança da informação invadiram a urna e descobriram a sequência dos votos dados a candidatos em uma eleição fictícia.

Tribunal Superior Eleitoral está de olho: pesquisadores descobriram uma falha no sistema de segurança da urna eletrônica que vai ser usada nas eleições. Ainda bem que foi apenas um teste.

Um desafio é tudo o que os hackers, esses especialistas em computação e segurança da informação, adoram. Eles foram desafiados e não deu outra: conseguiram, invadiram a urna eletrônica. Descobriram a sequência dos votos dados a candidatos em uma eleição fictícia.
Eles foram chamados para tentar encontrar falhas no sistema de segurança da urna eletrônica.
“Não é um processo tão fácil como se imaginava. Na verdade, tem muitos mecanismos que eles colocaram para proteger a urna de ataques desse tipo”, declara o engenheiro de sistemas de informação Ricardo Prallon.
Durante três dias, doutores em segurança da informação, professores universitários, técnicos e peritos da Polícia Federal e da Marinha trabalharam como hackers do bem. Em uma eleição, a urna eletrônica guarda os votos em uma sequência aleatória. Foi a equipe da Universidade de Brasília (UnB) que desvendou a ordem e acabou descobrindo uma brecha no sistema.
“Conseguimos recuperar os votos em ordem, mas não a ordem dos eleitores. Temos uma informação parcial dessa correspondência entre eleitor e voto”, aponta o professor Diego Aranha, da UnB.
Apesar do ataque, o TSE diz que não houve violação do sigilo dos votos, porque os especialistas não conseguiram relacionar o nome dos eleitores fictícios com os votos digitados na urna. A fragilidade encontrada vai ajudar o tribunal a aperfeiçoar o sistema para as eleições deste ano.
“Foi uma contribuição muito importante e vamos de imediato providenciar melhoria. Creio que seja uma fragilidade leve onde nós temos total possibilidade de revertê-la”, afirma o secretário do TSE, Giuseppe Janino.
O Tribunal Superior Eleitoral explicou que liberou para os hackers do bem o chamado código-fonte do sistema. O grande segredo. E sem essa ajuda, o TSE garante que os especialistas não teriam descoberto a sequência dos votos. fonte G1

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